O 29º ENCONTRO DE TEATRO - PLEBEUS 2009 abriu com a inauguração da exposição de figurinos e adereços que constituem a rica história d'Os Plebeus. Elementos de espectáculos mais ou menos antigos, adornam o espaço de galeria que conduz o público até à sala de espectáculos, criando a ambiência propícia para uma grande noite de teatro.
Para além da exposição, que estará patente ao longo de todo o Encontro de Teatro, a edição deste ano, à semelhança do ano transacto, abriu com uma sessão de debate centrada no Teatro. Esta sessão informal - denominada tertúlia, visto ter decorrido à volta de mesas de café (com chá, café e biscoitos) - foi dedicada à temática 'TEATRO E A COMUNIDADE'. Enquanto convidados, estiveram presentes a companhia profissional Teatro Regional da Serra de Montemuro, a Associação Nacional de Teatro de Amadores, a Federação das Colectividades do Distrito do Porto e a Associação das Colectividades de Gaia.
Foi em jeito de conversa participada por todos os presentes e condimentada com a experiência que cada um dos convidados que falámos sobre o Teatro e a relação de cada companhia com a sua comunidade e com outras comunidades (fruto da itinerância). Tomando como exemplo ou ponto de partida o trabalho desenvolvido pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro - que tem sido reconhecido nacional e internacionalmente como um exemplo tanto a nível artístico como na revitalização de uma comunidade rural interior e em processo de desertificação -, falámos sobre as potencialidades do Teatro como elemento agregador e revitalizante da comunidade. Partimos do mais amplo – a comunidade, o conjunto - para nos debruçarmos depois no impacto que o Teatro tem no indivíduo, o núcleo da comunidade e da sociedade, e quais as estratégias do Teatro para permanecer vivo e constantemente renovar a comunidade onde se insere.
Trocaram-se experiências, histórias, vivências. Concluímos que o Teatro surge como resposta a um apelo ou necessidade da própria comunidade e que, como tal, se mantém actual, apesar de as necessidades serem diferentes ao longo do tempo e do território. Analisámos também a necessidade de os grupos intervirem na comunidade, pois é dela que nascem. O Teatro tem uma responsabilidade e um papel perante a Comunidade, assim como esta também tem a responsabilidade de manter, preservar e valorizar o Teatro, enquanto forma de Arte e veículo de expressão. No final, já com a hora adiantada, partímos com a sensação de que estarmos mais ricos, porque ficámos a conhecer outras realidades, outras perspectivas e, apesar das diferenças que nos separam, sentimos que o Teatro é sempre possível, desde que haja vontade e trabalho.
E agora, que comecem os espectáculos! VIVA O TEATRO!!